DonaNena
domingo, 20 de maio de 2012
chamado esquizofrênico voltou pra casa de tarde
abriu a geladeira pra pensar e
ouviu cacarejar o frango resfriado
não era época para gripes
na agonizante manhã do dia seguinte
gritou na gaveta
onde guardava o quadrado branco do cubo mágico
que nunca conseguiu encontrar seu lado certo
não fosse ele, não haveria lado certo
saiu pela janela e andou de costas
até o farol abrir
terça-feira, 15 de maio de 2012
Nessa travessia cheia de esperança e sonho
Afogados nesse sem lado de águas
Os sonhos sem dono são governados
Por aqueles a quem não pertencem
O descaso é dançado com a magia das lendas
Os deuses, xamãs e entidades ainda tentam fingir que o deus dinheiro não é forte
Matar não é vingança que valha
Fazer viver essa desesperança corta fundo
Corta na carne da criança que apanha
Corta na alma do rio que corta a selva
Corta a desvirgindade das fêmeas no cio
buscando razões em corpos fortes
Nos dentes das piranhas e na lâmina da navalha
Sangra tanta água negra que inunda um mundo de ilusões
De um ontem de glórias
De uma festa, orgia de embriaguez
Onde se confunde o capricho da vaidade e garantia de um amanhã menos abafado pelo descaso de um país inteiro que quer belas praças pra “brasileiro” ver.
sábado, 28 de abril de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
domingo, 26 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
. efemeridade :.: futilidade :.: superficialidade .
abriu seu figado dando espaço em suas viceras para entrar o desapego
arrancou de seu estomago os fios costurados do mal entendido
palavras que soavam simples cortavam a carne mastigada
um dia pra se virar do avesso e esquecer do que havia fora
cuidar de cada poro
limpou as cinzas
varreu
varreu
lavou
cozinhou a roupa branca
desligou o gas
cantou para acordar os que dormidos se aproveitavam da situaçao
viu que sozinha ja era mais forte
serenou junto ao mar